AS COBRAS DESTA SÉRIE TÊM TODAS UMA DENTIÇÃO DE TIPO PROTERÓGLIFO ( ESTÃO MUNIDAS DE INCISIVOS QUE APRESENTAM UMA RANHURA PROFUNDA ONDE ESCORRE O VENENO, IMPLANTADOS NA PARTE ANTERIOR DO OSSO MAXILAR FIXO) QUE MANTÉM SEMPRE UMA POSIÇÃO HORIZONTAL EM RELAÇÃO AO OSSO DO DO CRÂNIO; TAIS INCISIVOS ESTÃO SEPARADOS DOS OUTROS DENTES MENORES POR UM ESPAÇO QUE SE DENOMINA "DIASTEMA". ESTE TIPO PARTICULAR DE DENTIÇÃO LEVOU OS ESPECIALISTAS A CONSIDERAREM-NO O "DISTINTIVO" DE UM GRUPO MONOFILÉTICO, PERMITINDO ASSIM UNIR TODAS AS COBRAS COMO DESCENDENTES DE UM PASSADO COMUM. A PRESENÇA DA GLÂNDULA DO VENENO, CARACTERÍSTICA COMUM A TODOS OS ELEMENTOS DO GRUPO, BEM COMO OS DADOS OBTIDOS A PARTIR DOS ESTUDOS BIOQUÍMICOS SOBRE ESTAS SERPENTES, DEMONSTRARAM QUE TAL SUPOSIÇÃO TINHA FUNDAMENTO. REALMENTE, É O CONJUNTO DAS SERPENTES COM DENTIÇÃO PROTERÓGLIFA QUE CONSTITUI A FAMÍLIA DOS ELAPÍDEOS. AINDA NÃO SE CHEGOU, TODAVIA, A UMA CONCLUSÃO SOBRE A ORIGEM ANCESTRAL DESTE GRUPO DE RÉPTEIS. VÁRIOS ARGUMENTOS PARECEM CONFIRMAR A HIPÓTESE DE UMA ORIGEM GONDWÂNICA (OU SEJA, A ATRIBUIÇÃO AO BLOCO AUSTRAL, QUE UNIA A ÁFRICA, E A AUSTRÁLIA), MAS OS RESULTADOS DE OUTRAS PESQUISAS SÃO DIFICILMENTE CONCILIÁVEIS COM ESSA TEORIA. OS MAIS ANTIGOS FÓSSEIS CONHECIDOS DE SERPENTES PROTERÓGLIFAS APARECERAM NA EUROPA CENTRAL: REMONTAM A CERCA DE 19-20 MILHÕES DE ANOS E PERTENCEM AO GÊNERO NAJA (OUTRORA CHAMADO PALAEONAJA), QUE SURGIU NA TERRA DURANTE O MIOCENO E CUJA ORIGEM FOI COM CERTEZA AFRICANA. NO FINAL DO TERCIÁRIO, AS COBRAS FORAM-SE DIFUNDIDO, ATÉ OCUPAREM CERCA DE METADE DA EUROPA, TENDO DEPOIS DESAPARECIDO HÁ 2-3 MILHÕES DE ANOS DEVIDO PROVAVELMENTE ÁS ACENTUADAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS QUE SE VERIFICARAM NESSA ÉPOCA . É, CONTUDO, PROVÁVEL, QUE O MAR EGEU TENHA CONSTITUÍDO UM REFÚGIO SEGURO PARA ALGUNS EXEMPLARES DO GRUPO DAS COBRAS ATÉ HÁ CERCA DE 1,5 MILHÃO DE ANOS, VISTO AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS NAQUELA ÁREA TEREM PERMANECIDO FAVORÁVEIS DURANTE MAIS TEMPO. ACHADOS FÓSSEIS PERTENCENTES AO GÊNERO NAJA FORAM DESCOBERTAS NO CONTINENTE EUROPEU EM DIVERSAS LOCALIDADES FRANCESAS. APÓS UMA ANÁLISE REALIZADA EM 1939, FOI POSSÍVEL AGRUPÁ-LOS EM TRÊS ESPÉCIES DO GÊNERO PALAEONAJA. SÓ EM 1990 ESSE GÊNERO FÓSSIL FOI CLASSIFICADO NO ATUAL SINÔNIMO NAJA
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